“ENTRE QUATRO PAREDES” - de Jean Paul Sartre
“Imagine um lugar do qual você não possa escapar. Coloque-se nele ao lado das duas pessoas que mais lhe incomodam. Pronto! Bem vindo ao inferno de Sartre”.
Um homem e duas mulheres infringiram as leis morais e, completamente enclausurados, terão que pagar e repensar sobre suas vidas.“Entre Quatro Paredes” tudo poderá acontecer e eles perceberão que o inferno é mais quente do que pensavam.
Um homem e duas mulheres infringiram as leis morais e, completamente enclausurados, terão que pagar e repensar sobre suas vidas.“Entre Quatro Paredes” tudo poderá acontecer e eles perceberão que o inferno é mais quente do que pensavam.
A responsabilidade na existência é o que pega os personagens em “Entre 4 Paredes”.
Três pessoas aparentemente diferentes (porém muito semelhantes em seu jeito de ser) ficam enclausuradas num inferno nada tradicional – trata-se de um “Salão”. Primeiro Garcin, um covarde homem de letras; depoisInês, uma funcionária lésbica dos correios e, por último, Estelle, uma emergente fútil da sociedade parisiense. Um a um são levados por um criado de um excêntrico inferno ao cômodo onde ficarão enjaulados.O clima entre quatro paredes começa a esquentar quando Garcin, Inês e Estelle se colidem num jogo de gato e rato envolto de um humor negro onde, todos os três, correm atrás uns dos outros como se quisessem pegar o inimigo de surpresa, pelas costas. Mal sabem eles que, naquela sala, ninguém é santo, todos são inimigos de si mesmos e dos outros.
Os três, num local sem janelas e sem portas abertas, ficam presos em suas crises existenciais e procuram, por todos os meios, agasalhar suas respectivas cabeças colocando em “xeque” os seus destinos. Imagens flexuosas do mundo real invadem o local onde estão engaiolados fazendo com que todos pensem sobre suas vidas e reavaliem seus erros mortais.
É isso o que acontece com os três que, tentando escapar das armadilhas, acabam prendendo-se, ainda mais, em suas próprias arapucas.
O “espelhamento” como julgamento desses personagens é confirmado na fala de Garcin:
"O INFERNO SÃO OS OUTROS!"
Texto disponível : http://www.ligazine.com.br/artes/teatro/tt_10.htm
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